segunda-feira, 19 de setembro de 2016

PLANTAS DO JARDIM FITOGEOGRÁFICO – A ORQUÍDEA EPIDENDRUM XANTHINUM


Epidendrum xanthinum


No setor de ambientes abertos do Jardim Fitogeográfico ( http://orlandograeff.blogspot.com.br/2012/02/as-origens-do-templo-fitogeografico.html), onde estão as espécies de campos rupestres, restingas e campos de altitude, uma planta vem se adaptando esplendidamente, chegando a formar grande touceiras, que florescem todos os anos: a orquídea Epidendrum xanthinum. Ela floresce principalmente nesta época do ano – entre final de inverno e início de primavera, embora seja rara uma época em que não mostra ao menos algumas flores.

O nome epíteto xanthinum diz respeito à sua coloração predominantemente amarela, podendo apresentar tonalidades douradas, até um pouco alaranjada. Ela pertence a um grupo de orquídeas bastante complexo em sua taxonomia, o que advém de sua morfologia extremamente convergente: é a aliança de Epidendrum secundum, cuja espécie mais famosa, que tipifica este grupo, comum em cultivo e nas paisagens de margens de estradas, exibe coloração rosada.

São plantas de crescimento ereto, aparentemente monopodial (que cresce apenas num eixo), embora ramifique intensamente, de forma lateral, o que termina por originar densas touceiras. Como é comum no grupo, frutifica intensamente, liberando milhares de sementes, que voejam com o vento e acabam germinando em vários outros locais.

Epidendrum xanthinum no Jardim Fitogeográfico


Na natureza, habitam afloramentos rochosos, em diversas altitudes, mas quase sempre nas cercanias de fios d’água, que escorrem pelas rochas e ajudam a formar núcleos de umidade, sempre com luz farta. Crescem nas margens de estradas, tolerando até as condições de rodovias movimentadas, onde abunda a poluição e o vento forte ocasionado pelos veículos. Em Petrópolis, pode ser admirada nas rochas que margeiam a movimentada BR040, juntamente com E. secundum.

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