sábado, 24 de setembro de 2016

PLANTAS DO JARDIM FITOGEOGRÁFICO – VRIESEA INFLATA

Vriesea inflata

Nos anos 1990, durante o boom que consagrou as bromélias como as plantas mais desejadas, no Brasil, imensa quantidade de plantas foi extraída da natureza, para abastecer o mercado florescente de ornamentais. Algumas plantas extraídas da Floresta Atlântica ficaram famosas, ao serem massivamente oferecidas, nas margens das estradas, destaque para a subida da Serra de Petrópolis, no Rio de Janeiro. Vriesea inflata era uma delas.

Conhecida vulgarmente como “bromélia-peixinho”, em virtude do curioso formato de suas inflorescências vistosas, Vriesea inflata era encontrada por todos os cantos, nas residências dos veranistas, ou de quem viajava entre o Rio de Janeiro e a Cidade Imperial. O epíteto de seu nome “INFLATA” diz respeito exatamente a esta forma singular da inflorescência: o conjunto de brácteas superpostas umas às outras, ao longo da haste, que formam compartimento inflado. Pressionada sob os dedos, essa inflorescência cede gentilmente, como um balão de borracha.

Vriesea inflata deixou de ser coletada pelos mateiros, na esteira da desejável chegada ao mercado das mais lindas bromélias cultivadas, que apresentavam melhores condições fitossanitárias e cores mais vistosas, além do preço bem mais competitivo. É assim que se combate a coleta criminosa de plantas: fornecendo ao mercado mercadorias confiáveis e belas, a preços razoáveis.


Ela habita os locais mais úmidos das íngremes encostas da Serra do Mar, em grandes altitudes. Provenientes de apreensões realizadas pelo extinto IEF (Instituto Estadual de Florestas do RJ), alguns exemplares vieram dar à coleção, naquela década, sendo hoje mantidas nas árvores do Jardim Fitogeográficos, muito próximo à sua área natural de ocorrência. A tendência é que se multipliquem por aí e repovoem as florestas próximas.

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